Muito se fala e se comenta da atual crise política e econômica que nosso país atravessa: Desemprego, redução de postos de trabalho e falta de perspectivas de retomada do crescimento econômico são alguns dos cenários que estamos vivendo em nosso cotidiano. Todos estes problemas impactam diretamente o setor de materiais de construção no país, principalmente no Rio de Janeiro, onde a violência se faz presente e os roubos de cargas, por exemplo, são fatores que atrapalham o setor a superar o período de dificuldades. Entretanto, os períodos de grandes tribulações são ideais para surgirem novas perspectivas e oportunidades para o setor. Estas oportunidades de desenvolvimento do setor podem ser vislumbradas através dos números: De acordo com os dados da pesquisa Tracking mensal da Anamaco – Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção, que entrevistou 530 lojistas entre os dias 26 a 29 de julho do corrente ano, as vendas no varejo de material de construção cresceram 4% (quatro por cento) no mês de julho com relação a junho. Já na comparação com julho do ano passado, o volume de vendas no mês foi 5% (cinco por cento) inferior. A mesma pesquisa apontou que cerca de 56% dos entrevistados acreditam que haverá aumento de volume de vendas na ordem de 10% no mês de agosto, que 12% dos lojistas pretende contratar novos funcionários em agosto e 32% dos entrevistados pretende fazer novos investimentos ainda em 2017. Estes números demonstram a solidez com que o setor de materiais de construção enfrenta os efeitos da crise. Mas para que os tempos de dificuldade fiquem definitivamente no passado, devemos analisar estas novas oportunidades e trabalhar arduamente investindo principalmente na capacitação e na qualidade dos produtos. Com a forte retração no mercado da construção civil, o brasileiro acaba investindo suas suadas economias na reforma do seu imóvel, seja de uso residencial ou comercial objetivando a manutenção do seu patrimônio. De acordo com pesquisas da Fundação Getúlio Vargas – FGV, o mercado de reformas movimenta anualmente o valor de 32 milhões de reais. O comércio varejista poderá aumentar estes números através de análise e pesquisas das necessidades do consumidor para a definição de novas estratégias de vendas visando uma maior eficiência. Outros números que podem ajudar na definição de estratégias foram verificados pelo Instituto Data Popular que, através de pesquisa, verificou que 35% das reformas de imóveis são realizadas para solução de problemas estéticos e/ou estruturais; 21% visam a valorizar o imóvel e outros 21% tem a finalidade de melhorar a estética. Por fim, 17% reformam o imóvel para aperfeiçoar o uso do espaço interno. Outro incentivo ao comércio varejista de material de construção é o chamado Cartão Reforma. Criado pelo Governo Federal, este programa visa melhorar as condições de vida de famílias de baixa renda por meio da reforma, ampliação ou conclusão das moradias, sem necessidade de devolução posterior do valor. A meta do Ministério das Cidades é de beneficiar 170 mil famílias até o término de 2018. Serão contempladas obras para elaboração de sistema de esgoto sanitário, construção de banheiros em imóveis sem este cômodo, ampliação de moradias em unidades com mais de três moradores por dormitório, domicílios com cobertura inadequada ou conclusão de construção de unidade habitacional. Além destas novas oportunidades, um fator deverá ser muito bem pesquisado, analisado e explorado pelas empresas do ramo de material de construção: A qualidade dos produtos e serviços oferecidos. Para o brasileiro, o imóvel, seu teto para morar, é um dos seus maiores objetivos de vida. Faz parte de sonhos pessoais como o casamento, o carro e o seu sucesso profissional. E uma característica essencial é a solidez que dar-se-á apenas através de uma construção com conhecimento técnico adequado, sendo utilizado na construção materiais de qualidade que serão adquiridos em lojas que investirem no atendimento capacitado ao cliente. Esta responsabilidade também deverá ser abraçada pelo varejo de materiais de construção. Pesquisa de fornecedores, análise técnica completa do portfólio dos produtos ofertados e capacitação técnica de todos os seus funcionários para um atendimento personalizado e com as características exigidas pelo mercado permitirão as empresas um crescimento qualitativo de sua clientela, a respectiva fidelização destes clientes, agregando valor a sua marca. Aproveitar as novas oportunidades como o crescimento mercadológico das reformas imobiliárias, novas possibilidades de negócio através de programas governamentais como o Cartão Reforma e investir na qualidade dos produtos e do atendimento, permitirão que o setor de material de construção colabore para que os efeitos da crise possam ser reduzidos, oferecendo dignidade e produtividade aos seus clientes, colaboradores e todos que almejam o sucesso.